domingo, 17 de abril de 2011

Era Pra Ser Divertido

 Apesar da minha cara de nerd, hoje eu posso dizer que não sou um fã tão empolgado com o mundo do video game. Obviamente, quando pequeno, eu não poderia dizer o mesmo.
 Aqueles que me conhecem bem sabem que há uma considerável força natural que me impulsiona ao caminho dos feitos catastróficos. Basicamente o que eu ponho a mão dá merda.
 Sempre tive que carregar esse carma. Não apenas eu, mas meus amigos também se acostumaram com isso, mas na infância não era assim tão fácil de lidar com essas situações.
  Meu primeiro video game comprei apenas com 18 anos, meus pais nunca me deram porque sabiam que não duraria muito tempo na minha mão, mas isso não impedia de eu arrumar amigos que tinham e que poderiam me emprestar.
 Eu tinha 7 anos quando peguei emprestado o primeiro video game, era um Super Nintendo, só tinha dois jogos, Ronaldinho Soccer e um de West chamado Sunset Riders. Eu era muito ruim nos dois jogos, mas mesmo assim eu chamava a galera pra me ver jogando. 
 Chamei um amiguinho que morava por perto, assopramos o cartucho e jogamos o jogo de futebol. Perdi. Continuamos jogando e perdi de novo. Eu não gostava de perder, em alguma coisa eu tinha que ganhar dele, foi quando eu o chamei para jogar futebol de verdade. Mas eu não podia sair de dentro de casa, estava de castigo por ter arrancado com a faca os botões de uma televisão que minha mãe tinha no quarto. A solução foi jogar futebol ali mesmo na sala.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Com o Amor Eu Aprendi

  Nunca fui muito namorador. Não no real sentido da palavra, poucas vezes (nunca) fiquei com a mesma garota por mais de três meses, mas como é sabido, sempre há de ter a primeira vez para tudo.
  Quando o amor bate não há o que fazer. Para mim, infelizmente, meu primeiro namoro sério não foi assim tão sério. Não foi pra ela, porque eu me empenhei. Juro, me empenhei e muito! Nosso namoro durou ao todo pouco mais de dois anos. 
  Qualquer homem sabe o quão diferente é chegar em uma garota que você mal conhece e chegar em uma garota que você realmente gosta. Em tempos de baladinha Tequila eu simplesmente chegaria e diria "Eae gata, se bobear nóis pá! Ta afim?", mas com ela não, eu queria fazer diferente. E fiz. Nada como a boa e velha serenata. O homem que nunca tentou cantar algo perto da mulher amada na intenção de conquista-la só pode ser virgem. Apostei nessa ideia, aprendi a tocar violão numa revistinha de tablatura emprestada e tirei a love song "Hoje a Noite Não Tem Luar" e então lá fui eu com meu violão tentar impressionar na frente da casa dela, nós dois sentados na calçada, eu morrendo de vergonha de quem passava na rua, comecei a tocar na esperança de que ela embalasse na musica e continuasse a letra, assim a voz dela encobriria a minha, já que, falando francamente, eu não nasci com o dom da afinação. Deveria ter tomado como aviso quando a caixa de correio caiu em cima de mim ao encostar no portão, mas ainda assim segui em frente, olhei pra ela, dei o primeiro acorde e disse canta comigo. Ela não cantou! Tudo bem, pensei eu, o importante é o sentimento que eu estou depositando neste momente, ela vai gostar mesmo assim. Ela não gostou! Talvez o "Eae gata, se bobear nois pá!" não fosse uma ideia assim tão ruim. Lembro do semblante entediado dela me dizendo "Nossa, essa música é bastante lenta né?". Neste dia aprendi que nem toda mulher gosta de músicas lentas. O que me fez abrir mão de cantar a segunda musica do meu repertório, Édson e Hudson. Fato que imediatamente me lembrou certa vez em que me peguei cantando (tentando cantar) "Stairway To Heaven" perto de uma menina no ônibus e então prometi a mim mesmo de que nunca mais ia cantar, nem mesmo no chuveiro.