Apesar da minha cara de nerd, hoje eu posso dizer que não sou um fã tão empolgado com o mundo do video game. Obviamente, quando pequeno, eu não poderia dizer o mesmo.
Aqueles que me conhecem bem sabem que há uma considerável força natural que me impulsiona ao caminho dos feitos catastróficos. Basicamente o que eu ponho a mão dá merda.
Sempre tive que carregar esse carma. Não apenas eu, mas meus amigos também se acostumaram com isso, mas na infância não era assim tão fácil de lidar com essas situações.
Meu primeiro video game comprei apenas com 18 anos, meus pais nunca me deram porque sabiam que não duraria muito tempo na minha mão, mas isso não impedia de eu arrumar amigos que tinham e que poderiam me emprestar.
Eu tinha 7 anos quando peguei emprestado o primeiro video game, era um Super Nintendo, só tinha dois jogos, Ronaldinho Soccer e um de West chamado Sunset Riders. Eu era muito ruim nos dois jogos, mas mesmo assim eu chamava a galera pra me ver jogando.
Chamei um amiguinho que morava por perto, assopramos o cartucho e jogamos o jogo de futebol. Perdi. Continuamos jogando e perdi de novo. Eu não gostava de perder, em alguma coisa eu tinha que ganhar dele, foi quando eu o chamei para jogar futebol de verdade. Mas eu não podia sair de dentro de casa, estava de castigo por ter arrancado com a faca os botões de uma televisão que minha mãe tinha no quarto. A solução foi jogar futebol ali mesmo na sala.